Economia

Dólar em alta: moeda abre a R$ 6,15 após trégua

Dólar abre em alta e alcança R$ 6,15 após trégua nos últimos pregões

Nesta segunda-feira (23/12), o dólar começou a semana em alta, marcando R$ 6,15 após uma sequência de oscilações no mercado. Pouco depois das 9h, a moeda foi cotada a R$ 6,13. Às 9h10, oscilou para R$ 6,12, registrando valorização de 0,82%. Na sequência, atingiu a máxima de R$ 6,15, com uma alta de 1,28% no início das negociações.

Na sexta-feira (20/12), o dólar encerrou o dia em queda de 0,81%, cotado a R$ 6,07, consolidando sua segunda baixa consecutiva. Esse movimento foi resultado de intervenções do Banco Central (BC) e de fatores internos e externos que trouxeram alívio momentâneo ao mercado. No entanto, na quinta-feira (19/12), a moeda havia batido um recorde nominal ao atingir R$ 6,30 durante o pregão.

Banco Central tenta conter o dólar em alta com leilões

A trégua observada na última semana foi impulsionada pelos leilões de dólares realizados pelo Banco Central. A instituição injetou aproximadamente US$ 23,7 bilhões no mercado cambial em um curto período, o que ajudou a conter a escalada da moeda. Além disso, a aprovação do pacote de gastos do governo federal no Congresso Nacional reduziu parte das incertezas econômicas e trouxe maior confiança aos investidores.

Por outro lado, a divulgação de um vídeo pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva também contribuiu para estabilizar momentaneamente o mercado. Nas imagens, ele aparece ao lado de Gabriel Galípolo, futuro presidente do Banco Central, e dos ministros Fernando Haddad (Fazenda), Simone Tebet (Planejamento) e Rui Costa (Casa Civil). Durante o vídeo, Lula ressaltou a importância do combate à inflação e afirmou que respeitará a autonomia do Banco Central. Galípolo assumirá interinamente o cargo neste sábado (21/12) e oficialmente no dia 1º de janeiro.

Cenário externo pressiona o dólar

Enquanto isso, o mercado global também influenciou o comportamento da moeda. Dados divulgados nos Estados Unidos mostram que o índice de preços ao consumidor (PCE) subiu apenas 0,1% em novembro, de acordo com o Bureau of Economic Analysis (BEA). Esse resultado, que veio abaixo das expectativas de 0,2%, trouxe algum alívio momentâneo, mas não eliminou as preocupações sobre possíveis ajustes monetários mais severos por parte do Federal Reserve.

No entanto, apesar da leve melhora no cenário externo, a volatilidade do dólar persiste. O comportamento da moeda reflete as tensões econômicas internas e externas, bem como as expectativas em relação à política monetária do Banco Central brasileiro. Portanto, investidores permanecem atentos aos desdobramentos econômicos globais e às ações do governo para conter a inflação.

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