Ney Latorraca: Morre ator de ‘Vamp’ e ‘TV Pirata
Ney Latorraca, ícone da TV e do teatro brasileiro, morre aos 80 anos
Uma trajetória marcada por sucesso e dedicação
O ator e diretor Ney Latorraca, de 80 anos, faleceu nesta quinta-feira (26) no Rio de Janeiro, após complicações de um câncer de próstata, agravado por uma sepse pulmonar. Internado desde o dia 20 de dezembro na Clínica São Vicente, o artista deixa um legado marcante nas artes brasileiras e o marido, Edi Botelho, com quem foi casado por 30 anos.
Diagnóstico e luta contra o câncer
O câncer, diagnosticado em 2019, havia levado à remoção de sua próstata. Contudo, a doença voltou em 2023, já em estágio avançado. Por isso, o velório ainda não teve local e horário definidos.
Ney Latorraca: Personagens inesquecíveis na TV
Ney ganhou destaque por personagens inesquecíveis, como Vlad em Vamp (1991) e Barbosa em TV Pirata (1988). Sua trajetória na TV Globo começou em 1975 com a novela Escalada e seguiu com papéis marcantes, como o travesti Anabela em Um Sonho a Mais (1985) e o irreverente Mederiquis em Estúpido Cupido (1976).
Contribuições no teatro e cinema
Sua carreira, entretanto, não se limitou à televisão. No teatro, Ney ficou 11 anos em cartaz com Marco Nanini na peça O Mistério da Irma Vap, dirigida por Marília Pêra. Além disso, acumulou 13 peças e 23 filmes ao longo da vida.
Ney Latorraca: Origem e paixão pelas artes
Nascido em Santos (SP), em 25 de julho de 1944, Ney Latorraca cresceu em um lar artístico. Como seu pai era crooner e sua mãe corista, Ney foi introduzido ao mundo das artes desde cedo. Começou no teatro aos 19 anos, com a peça escolar Pluft, o Fantasminha. Durante a ditadura, participou de peças censuradas, como Reportagem de um Tempo Mau, dirigida por Plínio Marcos.
Um legado de humor e versatilidade
Com um humor único e versatilidade, Ney conquistou um lugar especial na dramaturgia brasileira. Não apenas seus personagens marcaram gerações, mas também seu estilo inovador e presença carismática. Suas últimas aparições na TV incluíram séries como A Grande Família (2011). Sua partida, portanto, deixa um vazio, mas também uma rica herança cultural.